ESCLARECIMENTOS E CURIOSIDADES SOBRE CRIANÇAS


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"A Pediatria não é apenas uma atividade médica em seu sentido habitual.
Ela é também, senão sobretudo, um "estado de espírito", que assegura a permanência dos esforços a favor da criança e que tem como alicerce o amor a ela, não o amor que se exprime em prosa e verso, mas que se exterioriza em ação."
PEDRO DE ALCÂNTARA


domingo, 18 de outubro de 2015

Meningite é tema de discussão em Congresso Brasileiro de Pediatria


Especialistas divulgam estatísticas e distribuem documento com orientações de prevenção

Por Adriana Toledo | Adriana Toledo 

Vacinação em dia (Foto: Thinkstock Photo)
Embora se trate de um problema raro, com uma incidência de 1,8 casos a cada 100 mil pessoas, a meningite tem um altíssimo potencial de letalidade, que varia de 18% a 20%. Sem contar as sequelas, que incluem amputação de membros, perda auditiva e alterações neurológicas — motivo suficiente para investir em estratégias preventivas.
Considerando a gravidade do assunto e o fato de que 50% das ocorrências se concentram na faixa etária entre 0 e 5 anos, a Sociedade Brasileira de Pediatria chama a atenção para alguns aspectos importantes, como a necessidade de atenção redobrada aos lactentes de até 1 ano, que integram o grupo de maior risco.
Dentre os episódios notificados no País, 81,5% foram do sorogrupo C; 10,9%, do tipo B; 6%, do W135 e 1,2%, do Y. No entanto, durante sua palestra, o infectologista pediátrico Marco Aurélio Sáfadi, Secretário do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira, destacou a predominância da meningite B entre os menores de 5 anos, especificamente — o que justifica a aplicação da vacina que protege contra esse sorotipo.
Os lactentes que iniciam o esquema vacinal entre 2 e 5 meses devem receber três doses, com intervalos de pelo menos dois meses entre elas, e um reforço aos 12 meses. Se as aplicações começarem no período dos 6 aos 11 meses, são necessárias apenas duas doses, com dois meses de intervalo, e um reforço no segundo ano de vida. Vale o mesmo para crianças de 1 a 10 anos, mas sem necessidade de reforço, assim como para adolescentes e adultos, com a diferença de que, para eles, o intervalo é de apenas um mês entre as aplicações.
Sobre a escassez do produto no mercado, o médico garantiu que não há problema em adiar a segunda dose, caso a criança tenha recebido a primeira e o imunizante esteja indisponível. Basta respeitar o intervalo mínimo de 2 meses. Nessa situação, o único prejuízo é que a criança não estará protegida até completar o esquema vacinal.
Em relação aos demais sorogrupos, permanece a recomendação de se aplicar duas doses de da vacina meningocócica C conjugada, aos 3 e aos 5 meses, e um reforço entre 12 e 15 meses— preferencialmente, com a vacina ACWY conjugada, que deve ser repetida 5 anos depois e aos 11 anos de idade.

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